sábado, 6 de março de 2021

Pandemia (JV 2021)

19 de fevereiro de 2021. Você se sente mal, aquela sensação de cansaço, uma dor no corpo, garganta sensível. Sai do trabalho e vai ao hospital, acompanhado de sua esposa, no atendimento de emergência mais próximo de sua residência que atende o seu plano de saúde, afinal, estamos em uma pandemia. É atendido, inicialmente, por profissionais que fazem a tal “triagem”. Você descreve que está sentindo dor pelo corpo todo, principalmente nas pernas e braços, dor de garganta, dor de cabeça e febre, enquanto os aparelhos eletrônicos, um ligado do seu dedo, outro no seu braço e um na mão da atendente apontando para seu braço ou testa, a tal “triagem”, fazem a uma leitura eletrônica, quase que “robótica” do seu estado, informam sua pulsação, respiração e temperatura. No final, os eletrônicos dizem está tudo ok, parecendo que o que você disse era tudo mentira.

Depois disso você recebe uma pastinha plástica transparente, com sinais visíveis de muito uso, com o documento impresso relatando todas essas informações colhidas e volta para a sala de espera, aguardando o chamado do médico. Fica ali na sala esperando, quando possível, sentado, pois vários assentos estão proibidos e as vagas são poucas por conta do distanciamento. Por mais ou menos uma hora, você vê pessoas entrarem, alguns em cadeiras de roda por não conseguirem ficar em pé, outros tossindo, todos com receio do vírus chinês e aquilo vai criando pensamentos diversos tipo: o que estou fazendo aqui?

Quando você é chamado pelo médico, lhe entrega a pastinha, e ele, mal olhando para sua cara, já com a pastinha em suas mãos, mais ou menos uns dois metros de distância, pede para que você descreva tudo que está sentindo (de novo?). Ele anota em um espaço do papel, com suas palavras e caligrafia ilegível, a minha descrição dos fatos, mas em nenhum momento ele me examina. Minha esposa ajuda na interlocução, pois como uso aparelho auditivo, algumas perguntas não consigo entender. Ele só te olha daquela distância. No final, não confirma nada, pois só através de um exame poderia dizer se é o tal vírus chinês. Então opta pela globalizada doença que serve para todos os diagnósticos, a famosa “Virose”. Faz encaminhamento para aplicação de duas injeções na veia, para a dor no corpo e garganta. Minha esposa questiona sobre a medicação que todos estão usando para evitar o vírus chinês, a cloroquina e Ivermectina e o médico diz que não tem comprovação mas, por insistência da dela, ele prescreve todos. Passa atestado de 3 dias. Minha esposa aproveita que vou levar umas furadas e vai até a farmácia, bem ao lado do hospital e compra os remédios. Tomo minhas injeções e sou dispensado.

3 dias depois, os sintomas retornaram e decidimos ir ao Hangar, onde está montado o hospital de campanha de atendimento do governo estadual. Só para encurtar essa história, passamos, nós dois pela triagem, afinal, minha esposa também poderia estar contaminada. Até chegar na triagem, nos divertimos com a dança das cadeiras onde, a cada um paciente atendido, todos se levantam e passam para a cadeira seguinte. Acho que tinha umas 50 cadeiras só na primeira etapa. Fomos muito bem atendidos pela triagem, diga-se de passagem. Minha esposa foi atendida por uma médica e eu por outra. A que me atendeu, além de ler a descrição que estava no papel, também quis saber como estava me sentindo, levantando-se, enquanto eu falava (tossindo) pedindo para eu tirar a camisa, auscultou meu pulmão, e disse que não havia nada de errado na respiração. Como os sintomas parecem bastante com o vírus chinês, receitou outros remédios e encaminhou para fazer exame, aquele do cotonete com o dobro do tamanho normal, enfiado no seu nariz, dos dois lados. Que coisa chata! Pronto, agora era só esperar pelo resultado em 5 dias. Passou atestado de 5 dias.

Mesmo tomando os remédios, dois dias depois, como a febre e os sintomas voltaram novamente, resolvemos desta vez ir no atendimento emergencial do plano de saúde. Triagem novamente. O médico que me atendeu, um senhor de idade, após eu relatar tudo por que já tinha passado, mandou eu abrir a boca e olhou minha garganta apertando minha língua com aqueles palitos largos de sorvete. Disse que estava cheia de pus. Disse que os remédios que tomei ajudaram um pouco, mas não eram indicados para isso. Receitou outros e uma injeção de decadron, santo remédio na veia que faz tudo ir desaparecendo. Me pareceu muito confiante, pois até disse que não deveria ser o vírus. Fiquei alegre. Fiz a medicação, as dores passaram e dormi muito bem.

No domingo, 28 de fevereiro, buscamos os nossos resultados e adivinhem: fui “detectado” como um vírus chinesinho ambulante. O resultado da minha esposa deu negativo. Estranho isso, pois todos esses dias, no mesmo ambiente, nada de beijos, mas toques normais, dormindo no mesmo quarto.

No dia seguinte, novamente os sintomas e febre de 38 graus. Voltei ao atendimento do plano de saúde. Novamente triagem – respiração boa, pressão normal, temperatura alta. Atendido por outro médico, mostrei todas as receitas e o resultado do exame como “detectado”. Este solicitou exame de sangue e uma tomografia. Após quase 4 horas na emergência, o mesmo disse que eu estava com uma mancha no pulmão, que poderia ser pneumonia. Receitou diversos outros remédios, por sinal, bem caros. Um jogo de 6 injeções, na barriga, tipo aquelas que tomamos quando um cachorro de rua nos morde. Mais umas injeções na veia, exame de sangue normal. Febre normal.

Dia seguinte, febre de 38,4 graus. Voltei na emergência do plano de saúde, e passei novamente com o primeiro médico que me atendeu dias antes. Após olhar mais detalhadamente a tomografia, disse que aparecia sim sinais que eram característicos de vírus chinês no meu pulmão. Novo exame de sangue e aplicação de soro para hidratação. Após 4 horas, quando saiu o resultado do exame e terminou os soros, retornei ao consultório, mas já era uma médica, pois o turno anterior havia acabado. Esta doutora, por sinal, muito atenciosa, releu todos os exames, as receitas, diagnósticos e confirmou o chinesinho. Disse para seguir com a medicação, e que se a febre não baixasse, eu teria que retornar e ficar internado para observação. Atestado de 7 dias.

Voltando para casa, minha esposa incansavelmente, a cada 30 minutos, tirando minha temperatura, percebeu que a febre foi reduzindo ponto a ponto. Medicação nos horários precisos em andamento.

Hoje, 16 dias depois, 5 dias sem febre, tosse reduzida, sem dores, mais disposição. Se tudo continuar assim, segunda retorno ao trabalho, vagarosamente. Afinal, já se passou o tempo de sintomas e período de transmissão conforme os protocolos de saúde para essa pandemia. Consulta com especialista do pulmão já está agendada.

O que eu acho disso tudo?

Eu não sei de nada, os médicos sabem muito pouco ou não sabem nada sobre com o que estão lidando. Os governos não sabem nada, a OMS não sabe nada. O mundo não sabe nada. Morremos do nada.

Apesar de não acreditar muito em teorias do caos, fico pensando se não somos mesmos cobaias de testes, neste caso, mais um vírus chinês (mais um) criado para generalizar uma pandemia global, em busca de ganhos e de interferência na ordem mundial.

O mundo é uma enfermidade epidêmica amplamente disseminada a muito tempo. Muitos governos, investidores, indústrias, empresas lucram com isso e por isso, nenhuma pandemia, seja viral, por fome, miséria, eletrônica, natural pode ser extinta. Isso é a nossa realidade!

Julio Vicari - Cabeça de fax