2020 foi um ano atípico. Fomos obrigados a mudar os hábitos. Talvez alguns tenham até passado mal com isso mas, para outros, nada mudou. Digo isso porque depois de fechar meu negócio, uma escola de cursos profissionalizantes, onde os jovens não tem interesse algum, eu entrei em quarentena. Estava procurando trabalho, enviando curriculum para todas as universidades da região, escrevendo-me em concursos, ode um desses concursos é para tentar voltar a ser professor, profissão que gosto muito. Mas nada aconteceu por causa desse tal “pandemia”.
2020 foi um ano triste. Perdemos amigos que já não víamos mais há uns bons anos, perdemos amigos próximos antes mesmo dessa loucura ser instalada no mundo. Perdemos a razão, a liberdade, a esperança. Ganhamos coisas boas como ficar ao lado de quem a gente ama, mas perdemos a chance de encontrar aqueles que também amamos mas que estão longe de nós. Ganhamos mais saudades. Muitos foram tratados como portadores da doença sem mesmo serem testados com eficácia. Muitos declararam culpados as pessoas que não aceitam e não concordam com essa maluquice toda. Alguns foram tratados como marginais de alta periculosidade só por estarem andando na rua ou tentando tomar um banho de mar.
2020 foi um ano novo. Descobrimos que é possível viver com menos coisas, que podemos trabalhar em casa, que existem filmes maravilhosos, livros que estavam escondidos e empoeirados na estante. Encontramos formas de viver longe e próximos através da internet. Mas também ouvimos relatos de desespero de alguns que ficaram completamente abduzidos por toda e qualquer informação midiática, sendo verdadeira ou não. Algumas pessoas aprenderam a fazer coisas que nunca haviam pensado antes como cozinhar, por exemplo. Descobrimos que é possível existir um governo que não rouba, mesmo que todas as cabeças ideologicamente sujas tentem derrubar.
2020 acaba hoje. Mas amanhã continuaremos com as notícias falsas, com os marginais soltos, sejam eles os pobres mortais assim como os deuses dos tribunais superiores. Ainda não entendi onde eles são superiores. Acham que a merda que eles colocam pra fora no banheiro é diferente e melhor do resto da população. Engano! Eles fedem até mais que os mendigos que vivem nas ruas.
2021 chega amanhã e pelo jeito, nada vai mudar!
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